She-Ra e as Princesas do Poder
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She-Ra e as Princesas do Poder

Atualizado: 4 de dez. de 2021


Antes de mais nada...uma pequena confissão, eu sou um dos raros homens que adorava mais She-Ra que He-Man (mesmo achando que as duas tinham formula igual = o herói chuta a bunda do vilão e salva o dia), e adulto fiquei surpreso que no país de origem da série isso é mais comum do que eu imaginava! Se perguntarem a razão disso é um pouco difícil de se dizer, mas em tempos "antigos" que quase série nenhuma era liderada por uma mulher, ver uma mulher ser independente e além das diferenças que se tinha pro He-man (como o tema era mais pesado, a situação geral um pouco mais tensa e meu deus gente do elenco morria; salvo um caso raro do elenco principal, era sempre algum figurante sem nome..., ou que apareceu em um episódio) eram o que deixava a receita que já achava boa ainda melhor! E me veem esta nova versão; ao lerem tudo, vão ver que a palavra reboot não cabe bem aqui (pois pra mim "rebootar" é pegar algo já existente, modernizar e melhorar mitos, e já vou vir com a minha primeira polemica daqui; o que foi feito aqui foi pegue tudo que você lembrava antes, jogue fora e vamos fazer algo novo) e dito confessada algumas coisas, vamos pra um pouco de histórico de produção!


Esta série nasceu de uma associação vinda de uma franquia parada; a Mattel não estava interessada em fazer uma série de She-Ra devido ao fracasso da série de He-Man e os Mestres do Universo em 2002, que teve duas temporadas (a Mattel investiu pesado numa nova linha que fracassou, mas apesar dessa série incentivar novas tiragens de antigas linhas do He-man, feitas em quantidade pequenas e de luxo e que até estavam tendo um sucesso modesto, eles decidiram que era melhor deixar as coisas paradas por um tempo), foi nesse "intervalo" da franquia que surgiu a Netflix e a Dreamworks que queriam trabalhar com She-Ra é a Mattel não estava interessada, mas concedeu uma licença especial pra trabalharem numa nova série (não se sabe os termos ou se podiam como vou dizer falar qualquer coisa do seu irmão.., mas basicamente teriam liberdade criativa e de designs, mas qualquer linha de brinquedo que fosse lançada seria da Mattel exclusivamente, mas ela não investiria um centavo, só taria presente pra consultas...); o que foi feito foi um raro empréstimo de direitos, a Dreamworks poderia trabalhar com liberdade, mas não eram donos da marca, quando foi planejada, a série não se tinha a visão de lançar novas linhas de brinquedo, mas quando os designs feitos pela Dreamworks chegaram, a Mattel resolveu arriscar (e te adianto que foram um pouco melhores que o "irmão" dela de 2002, mas não foram um estouro; mas podemos dizer que isso deu novo animo pra toda a franquia Mestres do Universo (que inclui a She-Ra).


Pra comandar o projeto eles chamaram Noelle Stevenson que era uma premiada autora de Cartoon´s, que tinha até alguma experiência na TV (antes de She-Ra, ela tinha mesmo mais experiência escrevendo roteiros do que sendo produtora e escritora chefe como ela foi nessa série, aliás foi a primeira vez dela comandando um projeto), é nossa como a Dreamworks não teve paz com essa escolha, a Dreamworks normalmente não se envolvem em agendas de nenhuma espécie, mas Noelle!? Desde do dia um ela abertamente se portou abertamente pró LGBT (zoando os críticos e jornalistas dizendo coisas do tipo: Oh quer falar da agenda gay?) e ainda arranjou vários problemas por dizer abertamente que não viu o original de 1986 e nem o veria pra não se influenciar, o que as vezes fez a imprensa não olhar ela com bons olhos por priorizar "polemica" do que falar sobre a série.


Pessoalmente não tenho problemas com LGBT e nem com agendas de temas em séries, o meu problema é quando essas agendas, acabam atropelando a série em si? (é nossa como essa série anda numa linha tênue, vou explicar nos comentários do que foi ruim e bom, mas adianto que vai ter coisas em ambos...) Aí sim se torna um problema.


O que por uma série de razões, o torna num programa delicado de se falar (aliás a série original já era delicada, por isso que nos Estados Unidos se tinha um "ditado" de que She-Ra é pros fortes e He-Man era pros "fracos", pois a série tinha temas que tratavam sobre genocídio, drogas, invasão de planetas e de "reinos"!). É essa versão tem ganhos e percas quanto ao original; pois fala também de temas pesados só que mais amplos como: abandono, abuso, fala também de amor e relacionamentos de todos os jeitos (e quando falo de todos é todos mesmo! O que pode chocar alguns pais por causa dos vários relacionamentos LGBT e de saída já ter um casal LGBT casado com a Spinella e a Netosa, mas sinceramente esse casal não é um problema, pois ao longo da série, elas são retratadas com respeito), além de falar do quanto podemos ir longe pra vencer e do mérito disso, mas junto com isso evita como o diabo falar ou mostrar qualquer coisa sobre destruição de guerra (só melhora e em muito pouco na temporada final, quase como uma tacada na cara do espectador! Como um: O que!? esquecemos isso!?) e pra uma série que trata de um exército genocida, ela só insinua e em muito os "fatos".


Vou desenvolver nos meus "prós" e "contras" com o que achei da série, mas se preparem pois vou demorar bastante, além de ir e voltar várias vezes nos destaques pois tem coisas que se desenvolveram bem durante a série e outras que foram um desastre, além de lembrar que vou dar toneladas de spoiiers, então se forem diretos pra conclusão e a nota onde vou evitar dar spoilers, acho que aqui vou entender bem isso.


Foi bom

  • Os designs de personagens foi algo que nessa versão melhorou absurdamente, pois parecem como vou dizer!? Parece "gente real" é um elenco bem diverso que já observando os personagens já se sabe quem é quem (o grande problema de design do original e que as princesas eram praticamente She-Ra´s com outras roupas, mas tem que se lembrar que isso foi um dos defeitos constantes da produtora a Filmation que tinha a "mania"/o método de aproveitar os moldes de personagens, que eram baseados em desenhos e filmagem de pessoas reais como um método de dinamizar e agilizar a animação).

  • Entrapta é minha princesa favorita!!! Tanto em inglês como em português, ela teve brilhantes atuações que mostraram todo o seu amor por ciência e pelos outros foi algo tão natural, descontraído e tão fofo que não deu pra resistir, mesmo com suas várias "transições de lado", ela sempre foi fiel a ciência e aos amigos; além de gerar situações e momentos que eu não esperava ver nessa série (como a relação dela com o Hordak) e isso garantiu muito eu ver essa série até o final.

Esse sorriso e olhar de descoberta é precioso!!! Tem que ser protegido!!! OK! Momento fofinho terminado!
  • Só melhor que a Entrapta, só tem um personagem na sua jornada que foi "superior" e este foi o Arqueiro, alguém que só teve a ganhar em cada temporada, por isso o chamo de o MVP da série (inspirado nas premiações de esporte que premiam os mais valioso jogador de uma equipe), foi um personagem que só cresceu na série, pois de longe foi o mais "normal" de todos eles, ele se revoltava com as atitudes erradas de seus amigos, fazia piada pra melhorar os ânimos de todos (e foi puro ouro ele improvisar no violão na temporada cinco, ótima "referência" a série original), amigo, inventor e grande aliado, foi um grande destaque por como vou dizer, ser um realista "nossos olhos" na trama (muitas tramas usam isso! Um personagem comum pra que todo mundo sinta uma ligação com o dia do espectador e esse foi um dos raros casos que implementar isso no elenco principal deu bem certo e foi muito afiado a cada temporada!).

  • Cintilante foi uma personagem que foi mais sendo afinada e desafinada durante as temporadas, na temporada um, os roteiristas não sabiam que tom dar as discussões com a mãe dela a Rainha Ângela (aliás aproveitando, ótima interpretação de Mirian Fisher que mesmos com os problemas de "texto", sempre mandou bem na interpretação da Ângela e foi uma constante na versão dublada), hora conversavam como se fossem irmãs, hora discutiam como se fossem de várias gerações diferentes como uma avó e uma neta e raramente como mãe e filha, isso melhorou somente na temporada três e quando finalmente ela se entendeu com sua mãe!? Me veem a fase da "rainha Cintilante" e sem tem a pior fase do elenco principal, com uma Cintilante egoísta e egocêntrica, a Adora de bico como sempre por ser contrariada e o Arqueiro no meio do tiroteio tentando juntar as duas, mas na temporada final, ela tem o mais natural arrependimento por todas as besteiras que ela fez e tenta genuinamente pagar por seus pecados, todos esses ângulos a fazem alguém real, alguém que te tem ciumes e problemas como todo mundo, alguém lidando com seus próprios demônios e tentando genuinamente lidar com seus erros.

  • Felina (que erravam as vezes na dublagem e chamavam de Catra que é o nome da personagem em inglês, mas graças a deus esse "errinho" foi diminuindo), interpretada aqui genialmente pela Fernanda Baronne, foi grande mudança de uma versão pra outra, de uma inimiga genérica no original (sendo sincero no original eu adorava a Scorpia, mas nessa versão a Felina é fabulosa) pra a grande "rival" da heroína, nossa como ela sabia pisar nas "feridas" de cada um genialmente sendo provocativa e ainda mantendo um clima, me desculpem mas usando uma expressão americana, Frenemy (amiga e inimiga ao mesmo tempo), ela sempre foi o espelho da Adora e era divertido ver o conflito interno dela de todas as lições da horda e o abandono que viveu contra seus sentimentos foi algo bom por quatro temporadas, até vir a temporada final e fazer algo esperado mas que saiu forçado e vou falar depois...

  • Hordak foi um grande vilão, conseguiram retratar bem ele como líder militar, o seu conflito interno com suas imperfeições e sua "posição" em Eteria, tudo isso mostrado de modo crível e humano, ainda por cima o Guilherme Briggs foi uma excelente escolha pra interpreta-lo, as cenas dele com a Entrapta foram genais, só a quinta temporada não favorece o personagem que ficou absurdamente largado e mal utilizado...

  • Só reforçando, nossa como o Briggs é dinâmico e foi genial diferenciando no tom de voz e atuação o Hordak dos clones comuns, assim como também o Hordak "errado" do resto (em especial o Hordak "errado" gerou vários momentos hilários!).

  • Sombria pra mim tem uma das melhores jornadas aqui! Você tem o topo dela tendo tudo o queria, depois é derrubada pela Felina é perde tudo, mas aí ela vê uma chance genuína quando a Cintilante precisa de ajuda pra controlar seus poderes, mas ainda fica aquela "ambiguidade divertida" de será que ela mudou? ou ainda é faminta por poder!? Que só é respondida no ultimo momento de sua jornada de modo maravilhoso, quando resolve abandonar de vez sua fome por poder em nome de dar um futuro pra suas "filhas".

  • Double Trouble foi uma excelente adição num momento difícil da série é fantástico como ele leva a sua vida como se tivesse num palco de teatro e como ele brinca com a cabeça de aliados e inimigos, foi de longe a melhor coisa da temporada quatro, mas quando foi descoberto, ele meio que perdeu utilidade narrativa na série, mas volta numa participação "surpresa" (meio telegrafada) e imperdível na temporada cinco.

  • De começo Spinella e Netosa, só estavam ali pra cumprir cota, ser piada sobre minorias e colocar um casal LGBT em tela, mas na temporada final me conseguem genuinamente desenvolver o relacionamento delas e ainda fazer uma das duas lutas (a outra foi Cintilante contra Micah) nessa temporada final com seus "zumbis de chip" que transmitiu alguma emoção e conflito de verdade, o que em teoria era a intenção da autora com esse "recurso" (porque sinto uma influência da quarta guerra Ninja de Naruto/Naruto Shipudden, só com menos peso emocional ainda!)

  • Os roteiros dessa série parecem sofrer do mal do par (as temporadas par são horrendas é as impares são "boas"); sendo bem honesto num resumo a temporada um é bem mediana e devagar, mas cumpre bem o papel de apresentar as princesas e o contexto (em teoria Noelle só faria a temporada um e iria embora pois não se tinha mais contrato pra outras temporadas, mas após a repercussão da primeira temporada e as reuniões de equipe, ela veio a público pra dizer que tinhas ideias pra mais quatro arcos com treze episódios, mas ela acabou sofrendo com atrasos de produção é no fim teve que fazer alguns cortes, ainda mais com os problemas que levaram a temporada dois a ser dividida em duas excepcionalmente; por isso as temporadas 2 tem seis episódios e a 3 tem sete episódios); voltando ao assunto a temporada dois é horrenda, a três melhora perto do final, a quatro tem problemas na parte central da trama, mas tem boas coisas a sua volta é a cinco é irregular por ter alguns bons momentos revezados com alguns dos piores momentos de toda essa série! Se fosse resumir isso diria que acerta bonito, mas quando erra? O faz de modo absurdamente feio.

  • A parte que se baseia na mitologia de He-Man a série de 2002 são boas e dão uma boa dose de nostalgia com alguns elementos que aguçam a curiosidade e esses elementos que estão bem presentes até a temporada dois e são bons, o problema mora no que vou aprofundar no que foi ruim, os desvios...

  • A primeira sequência de transformação da She-Ra era ótima! Passava fragilidade e força, só o problema era a roupa...

  • Aliás a roupa da She-Ra só melhora na ultima "versão" (de quatro versões), uma mistura boa entre o original e a "jornada" da Adora é um traje moderno, só que no fim o problema se inverte, a roupa é boa! Mas a sequência de transformação é horrenda misturando inocência e malicia...


Foi mediano

  • Adora parece ser uma jovem bem atual, mas a série tem vários problemas com ela que por si só a "puxam" muito pra baixo (e ainda se for comparar com a Adora da série original? Aí seria humilhar a versão atual, pois a antiga é absurdamente superior pela bravura e firmeza mesmo em tempos incertos; então vou focar nos problemas que essa "versão" de 2018 já tem); o jeito orgulhoso dela de ser, o "pouco" tempo de horda (no original é bem mais crível a deserção dela, mas isso só é tratado com a série antiga bem avançada e aqui é tratado no ponto mais "ideal" que é o começo) e o modo de como as soluções de problemas dela são mais dadas pelos outros do que ela pensando, são fatores que a puxam pra baixo e não me fazem crer nela como a "luz" da rebelião como o Líder da Horda a pinta, mas sua capacidade de teimar e se arriscar pra salvar os outros (que na quinta temporada foi retratada errada, quase como tendência suicida!?), seus momentos de liderança e inspiração na "bagunça" da rebelião e além de sua relação "estranha" com a Felina, eram coisas que me atraiam na personagem, só me veem a temporada final e literalmente transformam seus sentimentos em dispositivos do plot! É aí vou ter dizer que me levou ao ponto que nem mais me importava com essa ponta do "quarteto" principal (Adora/She-ra, Cintilante, Arqueiro e Felina), o que acontecia com ela, era neutro pra mim, então certas coisas extras que vão pra algumas pessoas taca-la nos elementos que as pessoas não gostam, o que seriam pra mim!? Eu não vou me importar com coisas como: o poder vem de dentro (que foi explicada numa HQ separada! E sinceramente isso não ajuda e nem atrapalha, pois é uma desculpa idiota de roteiro pra não falar diretamente das origens do poder de She-Ra e só usar a preguiça que o planeta escolhe alguém mesmo de longe e a magia acontece pela conveniência e pronto não precisamos explicar pela honra de quem mesmo!? É a espada vira um "simbolo"!? Ou do casal Adora e Felina, sobre isso já tava "cantado" desde do episódio do baile na temporada um! Só foi acelerado pelo fato da temporada cinco ser o final da série, já era esperado, tava com dicas espalhadas na serie inteira e não me incomoda muito, mas muita gente vai acusar; com leve razão; de ser outra "inclusão de minoria" no fim como foi no "caso" com Avatar: a Lenda de Korra é o "korasami", mas era algo pra lá de telegrafado e entregue numa pressa absurda pra dar o que os fãs querem (pronto entreguei o meu problema, o problema não é o resultado! Mas como ele é entregue!).

  • A mini jornada espacial pra voltar a Eteria foi interessante e poderia ter sido mais útil, não vou negar os irmãos Falcão, a Felina se enturmando nos "melhores amigos de sempre" e nem Melog foram bons momentos, mas perderam chances de não estragar o mito da She-Ra (como por exemplo poderiam, achar outra maneira de Adora recuperar os poderes) e de esclarecer de vez quem são os Primeiros, por isso entre "mortos, oportunidades perdidas e feridos" ninguém ganha nada (e não ousem chamar trajes espaciais fofos de ganho!).

  • A musica foi um dos elementos em que teve muitos acertos e erros também, mesmo reciclando temas da série antiga e mixando com novos, a trilha não tem impacto e salvo alguns temas eventuais especialmente criados pra certos episódios e que rendiam algo, em especial os temas dos episódios finais das temporadas um, três e quatro, estes temas davam um bom clima de nossa o que vem por aí, sobre o resto é esquecível, inclusive o novo She-Ra theme, que me desculpem prefiro o antigo com os loops "infinitos"...


Foi ruim

  • Vamos revisar algumas coisas de começo de modo curto, elementos como: não entendo de moda e design, mas desde do começo (ao menos pra mim), já se via um design que não ficou bom em tela! E este era a She-Ra. O primeiro visual é muito infantil, o segundo é dourado demais e o terceiro só muda as botas do primeiro design; o ultimo é bom mas...já falei acima.

  • A nova transformação da She-Ra na temporada cinco não me convenceu e acho que também nem aos produtores (de umas seis vezes que a She-Ra aparece só nas duas primeiras se tem a sequência completa ou não cortada por inteiro), o que eles tentaram foi algo parecido com a transformação da Kyoko em Madoka Magica, algo que passa-se inocência de uma criança junto da "malicia sensual" de uma mulher adulta e já "madura"(isso é a personalidade da Kyoko traduzida em "transformação"), mas o grande problema nisso é a Adora, isso não bate com ela e nem com She-Ra, por isso torna essa sequência de transformação tão ruim e supérflua.

  • E lembrando que a série tem vários problemas na tradução do script original é temos Felina sendo chamada de Catra, várias vezes durante as temporadas, Serena sendo chamada de Marmista!? (o nome original em inglês), o líder da Horda sendo chamado de Prime (é um autobot? E eu não sabia!?) ou Horde Prime (é essa se for ver em inglês é um erro feio pois todos os clones, salvo os "defeituosos" sempre chamam de supremo líder!), a qualidade da dublagem é excelente, mas não posso negar os problemas em termos e nomes não revisados direito.

  • Vamos falar separadamente dos piores momentos da série inteira, antes de "atacar" os problemas do final e vou começar com a temporada dois; vou relembrar que na época do contrato pra fazer o resto da serie, a Netflix deu um prazo pra estes episódios serem feitos e por problemas diversos a Dreamworks resolveu cancelar a sexta temporada, que virou três livros com a maior parte das ideias da Noelle não usadas... em teoria; e resolveu dividir a temporada em duas pra dar mais tempo de produção e do resto da série ser feito com calma, só que isso fez originar o pior trecho da série! Você tem uma sequência com: "Como defender um reino" em que resolvem zoar a série antiga, é o fazem no melhor estilo aceitem o que foi feito e esqueça o passado! Isso pegou muito mal, não ajudou na narrativa e só ajudou a dividir os fãs ainda mais...; "Nevasca" com a volta da She-Ra bêbada e de bônus Adora bêbada, esse plot de She-Ra ser hackeável foi horrendo e graças à deus não voltou mais e seguiram com o "hack" em outra direção no roteiro...; "Lembranças do Passado" o único bom dessa sequência por mostrar o passado da Sombria; "Encontro da família Arqueiro" não tenho problemas com LGBT, mas aqui você tem a coisa mais forçada possível que se pode fazer com esse tema, o cara Heterossexual que esconde seus pais gays, mas como tentam encaixar isso no plot!? É patético, sério mesmo mandar uma criança pra um colégio interno, essa criança fugir e se juntar a uma rebelião militar, com o detalhe dos pais nunca saberem ou receberem noticias que sua criança fugiu do colégio!!! Isso é o tipico caso de chamar o espectador de idiota, aceite o que fiz e tome esse contexto ridículo e forçado! E ainda pra "justificar" a existência deles (pois foram os únicos arqueólogos, além do arqueiro apresentados na série..., os usam pra apresentar o grande dispositivo do plot que pode salvar o mundo; o episódio é forçado e a volta deles mais a adiante é mais forçada ainda!, O que resulta numa temporada com dois episódios esquecíveis, um bom e três ruins...

  • A quarta temporada, a grande questão é se você sobreviver aos desmandos da Cintilante, ao orgulho da Adora em ela não aceitar que outros deem ordens, a grande confusão que fica pela perca da Ângela e você não abandonar a serie!? Bem vai ter coisas boas vindas "lateralmente", mas a maior parte do centro da trama? vai encontrar coisas terríveis, chatas e que até tem seu proposito, mas o meu problema é o quanto teimam nesse conflito bobo e infantiloide.

  • Agora vou ter que falar da parte que todo mundo vai brigar comigo, mas tenho que falar do elefante na sala que ninguém fala e é a mudança do roteiro feita pela Noelle (ou não!?) após a temporada inicial, na temporada um se nota várias referências ao He-Man de 2002 e do nada, tudo isso é abandonado é largado e ainda por cima se nota na temporada final mais e mais discordâncias e "desconstruções" largadas em diálogos espalhados, junte isso ao fato que publicamente Netflix e Dreamworks falaram que seria ótimo ter oportunidades de encontros com o He-Man, enquanto que a Mattel fala que tem seus próprios planos e Noelle (pela primeira vez! tenta ser diplomática e falar que o conto é sobre She-Ra e todo o foco é sobre ela); mas aqui de fora não sabemos o motivo exato de terem abandonado tudo sobre Eternia, He-Man e Greyskull (alias me repetindo!? Até virou piada na série! Pelos poderes de quem mesmo!?), se foi o problema por batida de pé da Mattel ou da Noelle (ou pior foi um "encontro de vontades" dos dois), não sabemos; mas isso foi horrendo pro desenvolvimento do enredo é com "certeza" se "vingaram" na história da série o que me leva à temporada final que vou dividir por partes.

  • Esta ultima temporada se resume bem no que falei lá em cima sobre o roteiro, só que aqui a montanha russa é maior e as subidas e decidas são mais "assustadoras" pro bem e pro mal. É nossa como esta serie tem elefantes escondidos; na primeira metade se tem toda uma trama de um resgate improvisado, que com o fim da temporada quatro era esperado irem buscar a Cintilante mas a virada aqui é o resgate também da Felina, é nossa como isso de um certo ponto era esperado, mas foi muito mau construído! Vou tentar explicar algo pra verem a minha posição! Nessa série de certo modo todo mundo já via que no meio desse drama de inimigas, mas "ainda" amigas, que Adora e Felina tinham um romance implícito, só era uma questão se a Dreamworks permitira ou não; o que até a quarta temporada Felina tava realizando suas ambições, com alguma paranoia no meio, mas estava! Até no fim da temporada vencer um abalado Hordak e usar a Cintilante pra quase destruir o mundo (Aliás o quebra pau entre as duas se não fosse interrompido provavelmente resultaria na morte de ambas..., pois estavam ambas lutando com tudo pra matar uma à outra), daí ela é levada ao chefe da Horda que reconhece seus talentos, daí ela tem tudo o que sempre quis, poder e reconhecimento, mas me forçam em paralelo uma trama de solidão por estar no topo e me adicionam uma "turnê" pela empresa feita pelo líder da horda, pior que o filme de convencimento do Zod! É to falando aquele que mostrou ao Clark em Homem de Aço o convencendo com um enterro em crânios...; e só agora ela se convence que seu chefe é um genocida louco por controle e que ela deve tentar o caminho do "bem" (estes dois momentos são as piores "demonstrações" que se pode fazer numa ficção pra mostrar que alguém é cruel e a pessoa tem que tomar uma decisão, todo mundo tem suas morais, mas eu pessoalmente acredito que todos tem potencial pra bondade e maldade, mas ao mesmo tempo sei que não existe 100% bom ou 100% mal é as vezes isso tudo é só a mesma coisa escondida com escolhas de lados em moedas; mas sério vocês acham crível alguém mostrar os "benefícios" de se trabalhar pra alguém, com algo horrendo, com auto potencial de não se sobrar nada no fim e que ainda vai "ferrar todo mundo", incluindo você!? Sério mesmo isso? Ou só tá lá pra ser como um grande cartaz de eu sou mau e cruel e porque nunca na locadora não se tem o vídeo de recrutamento com os pôneis, unicórnios voando, nuvens rosa e arco iris no céu? Sério mesmo fazer esta virada agora! Só pra juntar Adora e Felina como um casal!? Mas não fiquem tristes a Felina ganhou no meio disso um gato transmorfo chamado Melog que torna os outros invisíveis e que também é a cara da forma de pantera da Felina na série clássica...E podem chamar de lucro essa parte!? Nem vou me aprofundar ou voltar a falar da parte que após Adora quebrar a espada, ela volta a se transformar em She-Ra pelo literal poder do roteiro mal remendado e do biquinho..., vocês já sabem o que acho = to nem aí! A essa altura...

  • No fim a Noelle sempre disse que isso nunca acabaria como as série "normais" com algum de casal LGBT morrendo ou não ficando claro em tela o relacionamento (traduzindo a falta de beijo), o problema é que ela fez exatamente o que ela reclamou? Mas vão dizer como assim!? Prestem bem atenção na ironia que a produção faz com a própria Noelle no fim! Na cena da comemoração, com montes de beijos lésbicos e os casais héteros abraçados e a Serena manda a pergunta pro Falcão do Mar após olhar o único outro casal hétero: "Nós somos os anormais aqui!?" Isso foi feito numa clara ironia que você não ajuda minoria alguma, fazendo as mesmas coisas que fazem contra eles! Só prova que apoia "excluir" e fazer preconceito desde que seja ao seu favor! Nessa você pisou feio Noelle e teve resposta dos seus empregados na lata! (E deixou uma cena "tradicionalmente" bonita de "fim de guerra", em algo com clima pesado por outros motivos de fora da série).

  • Se ainda não está desesperado, fulo ou irado!? Ainda tem mais coisas da segunda metade da temporada, mas acreditem o começo desse arco tem algumas coisas boas no meio, mas aqui e que se gera a pior parte dos problemas com confrontos no melhor estilo quarta guerra ninja, cena de confronto no trono a lá Star Wars, trocas de corpo a lá Palpatine (o que mata o melhor momento do Hordak!) é uma derrota de vilão no melhor estilo avatares Aang e Korra, traduzindo, seriam boas ideias de coisas bem melhores que essa série (hum!? não! A ideia do Palpatine, essa é ruim em todas as mídias usadas..), mas que foram usadas com preguiça, forçadas goela à baixo e de modo horrendo! Mas isso leva também à uma montanha de perguntas sem resposta.

  • Lá vamos pra ultima parte da seção que acho que os que gostaram da série vão me linchar e os que não gostaram vão achar que fui piedoso...; as questões sem resposta como: Onde foi parar Ângela!? Pelo visto é algo que resolveram abandonar e todos darem ela por morta! Quem são os Primeiros e de onde eles vieram? Pra Noelle isso não te interessa por diálogos como: "Oh! Os Primeiros!? Eu os enfrentei por eras e tendo a vantagem de sempre poder trocar de corpo e eu vi vários rostos, agora eu estou aqui e eles todos estão mortos!" ou por coisas como: "Os Primeiros tentaram usar mágica pra usar o coração de Eteria, mas os amigos de Mara os detiveram!", mas isso leva à novas perguntas? Eteria colaborou de inicio com a guerra dos Primeiros? O que fez eles mudarem de ideia? Tudo é pra mim é um eufemismo pra Noelle não falar em Eternia e daí não ser crucificada em redes sociais pelo que criou, só o problema que ela é "burra" demais pra ser suave, sutil e praticamente faz uma historia de passado em que evita falar o nome, mas insinua com todas as letras que...: He-Man em algum ponto foi derrotado pela Horda e foi o primeiro a cair e por eras as She-Ra´s enfrentaram a Horda, só que no meio disso Eternia foi destruída e eles lembraram da existência de uma antiga colônia chamada Eteria, ainda conseguiram uma maneira de usar She-Ra é o planeta como uma estrela da morte; só que isso custaria a vida do planeta é a Mara resolve fazer uma rebelião que no fim custa a vida dela pra jogar Eteria em Desperos, e leva à TODOS DO PLANETA Á NUNCA MAIS FALAREM DISSO E RESOLVEREM SE ESQUECER E NUNCA MAIS FALAR! POIS LARGARAM OS "ETERNÍANOS" PRA PRÓPRIA SORTE!!! MAS VIVA SALVAMOS NOSSOS PRÓPRIOS RABOS E CONDENAMOS O UNIVERSO! Sobre isso só posso dizer: Meu deus! É uma humilhada em tudo o que foi feito antes, que só tem em sua defesa??? Algumas coisas jogadas que indicam que isso é uma linha alternativa de She-Ra, com tudo sendo um futuro alternativo! Por causa de frases como: Eu já vi este rosto antes! Então os primeiros usaram uma solução do passado! É o flashback do Hordak em que após She-Ra purgar o líder da horda do seu corpo ele fala: "eu te conheço de muito tempo!"; além do fato de tudo isso é insinuado é não "afirmado" (pois como disse a série termina sem uma menção de quem era: "O Campeão dos Primeiros que foi o primeiro a cair", que deve ser a fuga pra He-Man, os Primeiros nunca é dito quem são, mas devem ser o pessoal de Eternia, nem falam nada sobre Greyskull e muito menos sobre as "outras She-Ra´s" só solta um: "Muitos rostos diferentes, mas esse na minha frente é igual e ao mesmo tempo diferente dos outros e eu já vi antes! Não é verdade minha inimiga mais antiga!").


Conclusão


Vou tentar ser rápido aqui e sem revelar detalhes da trama; mas esta série tem várias ideias boas e até consegue fazer bons personagens, mas o desenvolvimento dela deixa a desejar (principalmente após a terceira temporada).


Tem bons designs e representatividade, mas é uma série muito ligada à uma agenda e não tem vergonha de alterar o que puder pra cumpri-la; olha eu abri a minha mente, tentei ver por uma nova perspectiva, mas a série tem pecados demais, já sem comparar com a antiga de 86!


Dou a nota 4,75, queria dar seis ou sete, mas certas coisas me seguram como: se comparar esta série com a de 86, você só vai ganhar três coisas nessa nova versão: personagens melhores desenvolvidos; isso se seu nome não for Adora (pois se entrar nisso a de 86 ganha de goleada), melhor e mais respeitoso carácter design e mais mortes..., além do fato que os problemas, em especial os problemas do final dão um peso extra pelas perguntas não respondidas e temas abandonados que se for ver a temporada final versus a primeira, vai ver várias questões interessantes abandonadas, que estão no núcleo da série mas por algum motivo foram abandonadas.


Aqui é uma grande questão de gosto e de se os defeitos te afetam e não venham disfarçar com a desculpa de o foco era diversidade, diversidade não é desculpa pra nada! Só piora as situações de minorias, quando vira desculpa pra serviço mal feito. E tem uma cena do final que eu reclamei e é bom exemplo disso. Olha o grande problema dessa série e que ela tem coração, mas ele bate lento, não puxa o sangue (não tem plot bem desenvolvido) é isso mata pouco a pouco a série e isso fica pior no seu final. É uma jornada que só me sobra praticamente intocado o desenvolvimento de personagens e a dublagem como constantes boas.


Eu não a recomendo, mas se não tem medo de spoilers, leia tudo, pense analise, veja as outras coisas que vou deixar aqui e junta tudo e analise em como você e as outras pessoas que forem ver com você, irão preferir, sei lá, vai que vendo dez episódios do antigo e dez do novo te dê uma visão diferente pra vocês que eu não tive!? Ou talvez se não pensar nos detalhes a coisa melhora!?

No lado direito do ring o vizu clássico usado nos personagens da série nova e na esquerda você tem o vizu clássico!
Os visuais de armadura dessa série não são bons...É esta é a pior versão da roupa da She-Ra.

Trailers

Temporada 1

Temporada 5

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